terça-feira, 21 de setembro de 2010

INSEGURANÇA NO INTERIOR DO ESTADO DO CEARÁ.






Iguatu. A onda de assaltos contra agências bancárias, postos dos Correios e casas lotéricas no Interior do Ceará tem deixado as autoridades preocupadas. O crescimento da violência assusta os moradores das pequenas cidades que até há poucos anos eram tidas como pacatas e seguras. A criminalidade saiu dos grandes centros e chegou aos municípios do sertão cearense, aos núcleos urbanos e às vilas rurais. "Infelizmente é uma realidade inegável", admite o coronel da PM, Francisco de Araújo Andrade, comandante do Policiamento do Interior. "Estamos vivenciando o fenômeno do novo cangaço".

Esse novo quadro de violência está estampado nas páginas dos jornais quase que semanalmente. E o que o Estado está fazendo para prevenir ou reprimir essa onda de assaltos? "Estamos vendo isso como uma mudança no quadro da criminalidade que era restrita às grandes cidades", observa o coronel Andrade. "O governo investiu em aquisição de novas viaturas, melhoria do armamento e contratação de novos policiais".

O coronel Andrade admite que o efetivo atual ainda está aquém da necessidade real, legal e do que prevê organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU). Mas pondera: "Em quatro anos, incluímos mais de quatro mil policiais. Um acréscimo de um terço do total que existia anteriormente".

De acordo com o comandante do CPI, em breve serão selecionados mais 600 policiais que irão trabalhar em patrulhas. "O governo iria adquirir mais 300 veículos, mas uma ação judicial por meio de liminar suspendeu o processo de licitação para a compra das viaturas", frisou. "Um total de 175 municípios já estão com viaturas".

A esse quadro de crescimento do número de assaltos contra bancos, Correios e Casas Lotéricas, a Polícia Militar denomina como novo cangaço. "Grupos locais agem com a participação de bandidos oriundos de outros Estados", disse o coronel Andrade. "São quadrilhas interestaduais". Segundo o comandante, o serviço de inteligência da PM está monitorando alguns desses grupos e já tem alguns nomes identificados.

O coronel Andrade criticou a fragilidade do sistema de segurança dos bancos. "Fica muito a desejar", disse. "Vidraças simples, sem a menor proteção, um só vigilante armado de revólver e falta de porta giratória". A esse modelo inseguro, denominou de "inércia dos bancos". A consequência direta da insegurança e a facilidade com que as quadrilhas agem são a cobrança de ações eficazes por parte da Polícia Militar. "Os bancos e as Casas Lotéricas precisam também oferecer melhor segurança, mas parece que não há essa preocupação", disse o coronel Andrade.

Quem sou eu

Minha foto
Meu Nome: Bezerra, trabalho com comunicação.